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Denis Villeneuve revela planos para novo filme de Duna, mas alerta: “Não é uma trilogia”

Duna: Messias, que se passa 12 anos após os eventos do primeiro livro, trará novos desafios de produção.

Denis Villeneuve, o aclamado diretor canadense responsável pelas adaptações cinematográficas de Duna, está em um momento de introspecção após concluir dois dos maiores desafios de sua carreira. Duna: Parte Dois, lançado em março de 2024, segue o épico de ficção científica baseado no universo criado por Frank Herbert. Mas, apesar de já estar em conversas para um terceiro filme, Villeneuve deixa claro: não se trata de uma trilogia.

Após dedicar oito anos de sua vida à franquia, o diretor revelou em entrevista à Little Gold Men que está trabalhando em um terceiro filme, baseado no livro Duna: Messias, que continua a história do protagonista Paul Atreides (Timothée Chalamet).

No entanto, ele ressalta que sua intenção com o terceiro longa é criar uma narrativa com identidade própria, distinta dos dois primeiros filmes. “Se eu voltar lá, é para fazer algo que pareça diferente e tenha sua própria identidade”, comentou.

Denis Villeneuve planeja adaptar Duna: Messias, mas esclarece que não será uma trilogia
Denis Villeneuve planeja adaptar Duna: Messias, mas esclarece que não será uma trilogia (Imagem: Divulgação)

Uma saga transformadora

O trabalho de Villeneuve em Duna não foi apenas uma realização profissional, mas um verdadeiro sonho de infância. Fã confesso do livro de Herbert, o cineasta carregava essa paixão desde a adolescência, o que tornou o desafio de adaptar o complexo e extenso material uma tarefa ainda mais pessoal. Em suas palavras, Duna foi “o maior desafio técnico da minha vida“.

Ao longo do processo, Villeneuve enfrentou obstáculos monumentais para dar vida às paisagens desérticas de Arrakis e cenas de ação espetaculares, como a icônica cena em que Paul Atreides cavalga um gigante verme da areia. “Queria que fosse perigoso, ousado, emocionante e, ao mesmo tempo, poético. Precisava parecer real, como se alguém estivesse cavalgando uma baleia no oceano“, explica Villeneuve, revelando a complexidade técnica envolvida nessa sequência.

Além do aspecto técnico, o diretor também se destacou por seu profundo respeito à obra original. Ao ser comparado a Peter Jackson, que adaptou O Senhor dos Anéis para o cinema, Villeneuve confessou que tentou se manter fiel ao espírito do livro. “Claro que é minha adaptação, é minha opinião sobre isso, mas as pessoas vão sentir uma energia, um espírito que é próximo do que Frank Herbert fez.”

Crescimento do elenco e os desafios futuros

Ao longo da franquia, o relacionamento entre Villeneuve e o elenco, em particular Timothée Chalamet, também evoluiu. O jovem ator, que interpreta Paul Atreides, passou por um processo de amadurecimento durante as filmagens dos dois primeiros filmes. Villeneuve observou a evolução de Chalamet como ator, elogiando sua confiança e a maneira como ele assumiu o papel de protagonista com o passar do tempo. “Quando ele entrou na segunda parte, ele tinha feito outros filmes no meio tempo. Ele veio com muito mais confiança, muito mais como um protagonista dando o tom no set.”

Com o final de Duna: Parte Dois deixando os fãs ansiosos por mais, a perspectiva de um terceiro filme, baseado em Duna: Messias, se torna cada vez mais concreta. Contudo, Villeneuve esclarece que, para ele, a saga original já está completa. “Para mim, foi realmente um díptico, dois filmes que formam a adaptação do primeiro livro. Isso está feito e finalizado“, afirmou.

Duna: Messias, que se passa 12 anos após os eventos do primeiro livro, trará novos desafios de produção. Villeneuve ainda está refletindo sobre como adaptar essa continuação e como lidar com o envelhecimento dos personagens sem perder a essência da história. “Esse é o meu problema. Eu sei como fazer isso“, comentou de maneira enigmática.

Futuro da franquia e próximos projetos

Embora a franquia tenha potencial para continuar, com vários livros no universo de Duna, Villeneuve não está certo sobre dirigir mais adaptações após Duna: Messias. Ele considera a possibilidade de que outra pessoa assuma o comando, caso os estúdios decidam seguir adiante com outras histórias. “Escute, se Duna: Messias acontecer, já faz muitos anos que estou em Arrakis. Eu adoraria fazer outra coisa”, confessou o diretor. “Eu não farei isso sozinho, mas pode acontecer com outra pessoa.”

Atualmente, Villeneuve não se limita apenas ao universo de Duna. Ele está envolvido em outros projetos ambiciosos, como a adaptação de Rendezvous With Rama, um clássico da ficção científica escrito por Arthur C. Clarke, e um épico sobre Cleópatra. Contudo, o diretor admite que está em um ponto de sua carreira onde precisa selecionar cuidadosamente seus próximos passos. “Eu não gosto de ter muitos projetos ao mesmo tempo. Gosto de fazer uma coisa de cada vez“, disse ele.

Ainda assim, Duna continuará sendo uma parte importante de sua vida. Mesmo com o interesse em explorar novos horizontes, Villeneuve reconhece o impacto duradouro que sua adaptação deixou no cinema contemporâneo. “No final do dia, o objetivo é trazer mais pessoas para ler o livro. Se os filmes conseguirem fazer isso, já será um grande sucesso.”

Thiago Santos

Sou um estudante de Ciências e Tecnologia, apaixonado por inovação e sempre antenado nas últimas tendências tecnológicas. Acredito que o futuro está intrinsecamente ligado ao avanço da ciência, e estou empenhado em contribuir para esse progresso. Além dos estudos, sou um apaixonado por cinema e séries. Nos momentos de lazer, valorizo a companhia dos amigos. Gosto de compartilhar risadas, experiências e construir memórias com aqueles que são importantes para mim. Essa convivência é fundamental para equilibrar minha busca por conhecimento e meu amor pelo entretenimento e tecnologia.

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