A segunda temporada de O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder está tomando rumos sombrios, especialmente em relação aos eventos em Númenor. No episódio 6, intitulado “Where is He?”, os fãs presenciam o desdobramento de um dos arcos mais trágicos dessa terra lendária.
Desde o anúncio da nova temporada, muitos especulavam que a trama política de Númenor seguiria os passos intensos de Game of Thrones, e agora isso está se confirmando, com o início de uma verdadeira guerra civil.
Logo no início da temporada, vemos Ar-Pharazôn movendo suas peças para consolidar seu poder e derrubar sua prima, Tar-Míriel. Pharazôn está determinado a mostrar que Númenor é superior aos seus antecessores, incluindo os que mantinham alianças com os Elfos. Sua ambição é clara: assumir o controle do reino e romper os laços com o passado, incluindo a reverência aos Valar.
No entanto, Elendil se mantém firme em sua lealdade aos Valar e tenta, junto à Guarda do Mar, restaurar os antigos costumes de Númenor. Mas, com a morte de Valandil, a dissolução da guarda e a prisão de Elendil por traição, o futuro da ilha parece cada vez mais sombrio. O episódio 6 aprofunda essa crise, sugerindo que Númenor está prestes a passar por seu arco mais devastador enquanto a guerra civil se intensifica.
A resistência de Elendil e o julgamento de Míriel
Ar-Pharazôn demonstra não ter tolerância para qualquer forma de dissidência. Ele acredita que a única forma de manter a paz e a ordem é encarcerar ou executar todos que se opuserem a ele. Pharazôn vê o mundo exterior – com suas guerras entre Adar, Sauron, Elfos, Anões e Homens – como uma ameaça direta ao modo de vida de Númenor, e sua solução é isolar a ilha de qualquer influência externa.
Elendil, no entanto, recusa-se a trair seus princípios e a renunciar aos Valar, o que leva o conselho de Pharazôn a submetê-lo a um julgamento no mar. A ideia é que um leviatã sagrado apareça para devorar Elendil, provando a falsidade de sua religião, ou não apareça, o que seria um sinal de que os deuses ainda o apoiam. Mas a situação se complica quando Míriel decide assumir o lugar de Elendil no julgamento, já que ele sempre a apoiou. Esse evento dramático promete ser um dos pontos altos da temporada.
Enquanto isso, Eärien, filha de Elendil, encontra-se em um dilema. Ela havia incentivado a deposição de Míriel, mas agora vê a necessidade de ajudar a rainha para proteger seu pai. O julgamento, porém, toma um rumo inesperado: o monstro marinho lança Míriel de volta à superfície através de um esguicho d’água, o que faz a população começar a gritar por sua “Rainha do Mar”.
Esse evento cria uma nova onda de apoio a Míriel, fortalecendo sua legitimidade no trono. Ao mesmo tempo, dá motivos para que céticos, como Eärien, reavaliem seu apoio a Pharazôn. Elendil, por sua vez, enxerga nesse milagre uma oportunidade política para reconquistar o poder.
A conexão de Pharazôn com Sauron
Em meio à trama política, Pharazôn começa a usar a Palantír – uma das pedras videntes – para se conectar com o poder de Sauron. Isso sugere que ele pode estar preparando o terreno para algo muito maior e mais sombrio.
Pharazôn está cada vez mais imerso em sua ambição de poder absoluto, e o uso da Palantír marca um momento crucial nessa transição. Ao se aliar a forças malignas, ele busca não apenas destruir os ideais dos Valar, mas também reescrever o destino de Númenor.
Conforme a guerra civil se aproxima, o futuro da ilha parece incerto, e a luta pelo poder entre Pharazôn e Míriel se torna o eixo central da temporada. A série caminha para um desenlace que pode redefinir os rumos de Númenor e da Terra-Média como um todo.