Na última terça-feira (25), Amanda foi consagrada como a grande campeã do “BBB 23”, algo que não pegou ninguém de surpresa, em vista a visível popularidade dela nas redes sociais. O resultado gerou uma série de críticas, e não é para menos. A médica não fez nada de muito significativo em sua estadia dentro do jogo. O desfecho, com certeza, fez jus a essa última temporada, que não cativou o público de casa, e brevemente será esquecida.
A própria edição do programa mostrou o quanto as finalistas não foram protagonistas no jogo. Muitos outros participantes ganharam grande destaque na já tradicional retrospectiva dos melhores momentos, mostrando que se ainda existiu uma breve movimentação na casa, não foi por causa delas.
Uma final como essa deve acender uma luz de alerta na produção do reality show, que ainda está no posto como o mais popular do Brasil. Novamente foi mostrado que a força dos chamados “fandoms” são muito predominantes nesse tipo de programa. Eliminando bons participantes ao longo do caminho, e deixando uma panelinha na final, ou mesmo outros nomes que não sejam tão fortes com o público e que possam assustar o nome escolhido da vez.
A preocupação em torno dos rumos do jogo fizeram com que os responsáveis pelo formato tentassem fazer manobras, e assim tentar manter bons nomes por mais tempo. Até mesmo a tradicional votação de eliminação foi invertida: ao invés de escolher aquele que se gostaria que saísse, tinham que optar pelo seu nome favorito. Algo que já é usado em “A Fazenda”. É visto como uma forma de aumentar a estadia dos participantes polêmicos e que movimentam o jogo.
Grandes nomes que movimentaram a temporada, e que ficaram em evidência com conflitos, não resistiram. Ricardo Alface, que passou a maior parte do tempo alimentando sua rixa com Cezar Black, foi mais um eliminado e com uma razoável rejeição. Até mesmo Domitila, que se salvou de vários paredões, e chegou a ser apontada como bem forte, também saiu pelo caminho. Sempre eram priorizados pessoas que se davam bem de alguma forma com Amanda, independente de qualquer coisa.
Os vários recordes negativos de audiência do “BBB 23” mostram que o público do sofá passou a se desinteressar pelo programa, que no fim passou a ser dominado por notáveis “plantas”. Nos últimos dias, já não existiam qualquer tipo de movimento que causasse curiosidade. Tudo já estava mais do que previsível.
Erros que se repetem no BBB
Seria injusto dizer que essa foi a única edição que os finalistas escolhidos poderiam ter sido outros. Um exemplo claro disso foi na temporada 21, que foi a última que ainda rendeu significativamente na audiência. Os fãs de Juliette Freire se mobilizaram para eliminar Gil do Vigor, considerado por muitos como um dos grandes nomes do reality show na ocasião, tudo pelo fato de desentendimentos que os dois tiveram no jogo (que foi bem resolvido e os dois estavam em um clima bem amigável), ou mesmo o receio de que sua popularidade pudesse ofuscar a da favorita.
Um bom exemplo disso foi a temporada 22, que consagrou Arthur Aguiar como o grande vencedor. Os fãs eliminaram um por um das inimizades do ator, mesmo aqueles que ainda davam algum tipo de sustentação ao clima de bom jogo. A narrativa do eterno solitário cativou uma parcela significativa de fãs engajados, suficientes para conseguir o prêmio máximo. O resultado a gente já sabe: pouco se fala hoje em dia do ex-Rebeldes, e há quem até esqueça quem foi o campeão dessa edição.