Marcos Uchôa culpou Jair Bolsonaro (PL) sobre a grande onda de demissões na TV Globo. Em entrevista ao podcast Inteligência LTDA. ele citou que o atual presidente passou a cobrar da emissora um sistema de contratação que foi prejudicial, e que foi um dos responsáveis pelo enxugamento da equipe.
“Eu não tinha mais contrato. Foi uma das coisas que o Bolsonaro fez… Antes, pessoas que tinham um salário melhor na Globo ganhavam como pessoa jurídica. No primeiro ano de governo, ele já foi em cima em termos trabalhistas, dizendo que isso não podia ser assim, e todo mundo passou a voltar a ser funcionário. Até o Galvão, até o Faustão”, afirmou.
Em outro momento, ele citou como era a sua ligação com a antiga casa. “Eu era uma pessoa contratada como outra qualquer. Não tinha um período para vencer o contrato. Pedi demissão normalmente. Expliquei que queria sair. Não tenho nenhuma mágoa da Globo. É claro que houve momentos em que quis fazer coisas que não pude fazer, porque eles não deixaram, mas é a regra do jogo”, explicou.
O jornalista ainda citou o fato da empresa também enfrentar uma crise financeira, atribuindo as novas mídias. “A Globo está sofrendo, como muitos meios de comunicação, com a saída do dinheiro das mídias tradicionais e a entrada do dinheiro na internet. Por exemplo, o teu programa é um adversário, um concorrente que anos atrás não existia”, opinou.
O profissional ainda afirmou que acredita ser um grande erro acabar o vínculo com grandes medalhões. “Eu não faria assim, acho um erro. A identidade de um meio de comunicação é muito os profissionais que você está acostumado a ver. Você cria uma identidade que é abalada quando essas pessoas saem, e precisa ser reconstruída”, disse.
Apresentador desabafa sobre demissão na Globo
Fernando Rocha, que passou anos no comando do “Bem Estar”, fez um desabafo sobre a sua demissão da emissora líder. Em entrevista ao “Fundo do Baú”, ele contou qual o sentimento que teve durante esse período conturbado.
“Quando você perde um emprego de uma forma muito abrupta, você perde a sua essência. Eu demorei, confessando aqui, em torno de um ano para entender tudo isso. Durante o período pré-pandemia, eu me sentia como um cachorro que caiu do caminhão de mudança”, disparou.