Foi divulgada nesta segunda-feira (21) a autópsia completa do corpo de Liam Payne, ex-One Direction, que faleceu na última semana. Segundo o laudo, foram encontradas diversas substâncias, incluindo a chamada ‘cocaína rosa‘. Mas do que se trata este tipo de entorpecente?
A cocaína rosa, também chamada de “tuci” no Brasil e “2C-B” internacionalmente, é uma droga sintética que ganhou popularidade nos anos 1970 nos Estados Unidos, sendo proibida em 2001. Atualmente, a substância é mais comum na Colômbia e em alguns países da Europa, onde seu consumo tem crescido. Mas o que diferencia essa droga de outras substâncias, como a cocaína branca?
Apesar do nome, a cocaína rosa não tem relação direta com a cocaína tradicional. De acordo com José Roberto Santin, farmacêutico e presidente da Sociedade Brasileira de Toxicologia (SBTOX), a cocaína rosa é uma droga sintética que apresenta efeitos estimulantes, eufóricos e alucinógenos, similares aos do LSD e Ecstasy. “A substância pode ser encontrada na forma de pó e tem um efeito inicial de euforia, seguido de agitação e alucinações. A presença de metanfetamina ou LSD na composição explica esses efeitos“, afirma Santin.
A droga tem potencial de provocar sérios danos à saúde, como hipertensão, hipertermia (elevação da temperatura corporal) e desidratação. Em casos mais graves, o uso prolongado ou em altas doses pode sobrecarregar o coração, levando a complicações como infarto. O consumo é considerado perigoso não só pelos efeitos imediatos, mas também pela imprevisibilidade das reações, uma vez que a composição da droga pode variar, com diferentes substâncias químicas adicionadas durante a produção.
A morte de Liam Payne, após utilizar cocaína rosa
Liam Payne, músico famoso por fazer parte da banda One Direction, morreu nesta quarta-feira (16), aos 31 anos. Ele foi encontrado sem vida no hotel Casa Sur, localizado no bairro de Palermo, em Buenos Aires, Argentina.
Liam caiu do terceiro andar do hotel, o que resultou em sua morte instantânea. A polícia local foi acionada após relatos de um “homem agressivo” que poderia estar sob o efeito de drogas ou álcool. Apesar da rápida resposta dos serviços de emergência, o chefe do Sistema de Atenção Médica de Emergência da Argentina (SAME), Alberto Crescenti, confirmou que não houve tempo para socorro, pois a morte ocorreu no momento da queda.
Segundo a polícia argentina, o chamado foi recebido às 17h04, horário local, informando sobre uma pessoa caída no pátio interno do hotel Casa Sur. Poucos minutos depois, uma equipe médica chegou ao local e confirmou o óbito. A altura da queda, de aproximadamente 13 metros, foi fatal. Crescenti explicou que o corpo foi encontrado no pátio interno do hotel.