O cantor Gusttavo Lima abriu uma live em seu Instagram nesta segunda-feira (30) e desabafou sobre o indiciamento que sofreu na Polícia Civil e as denúncias expostas pelo “Fantástico”, da Globo, do último domingo (29).
Nos momentos iniciais do vídeo ao vivo, o sertanejo disse que foi alvo de mentiras no processo que apura irregularidades em empresas de apostas online. “Desde moleque, trabalhando sem parar. Comecei a trabalhar com 10 anos, não me arrependo, porque acho que o trabalho dignifica o ser humano. Desde que comecei a trabalhar, em 2008, meus fãs sabem de onde vim. Depois de tudo isso que começou a surgir, fui surpreendido por tantas mentiras e suposições, fake news…. Fiquei: rapaz, não é possível que fiz alguma coisa errada“, disse Gusttavo Lima.
Em seguida, ao lado de seu advogado, Cláudio Bessa, o artista buscou esclarecer as transações financeiras apontadas como ilegais no processo. O cantor disse estar tranquilo, pois cobrou lisura nos processos. “Por um lado, estou muito tranquilo por que acredito na Justiça do Brasil, e creio que vai acabar isso o mais rapido possível. Jamais trocaria minha paz por qualquer dinheiro nesse ponto. Estou abrindo o coração para meus fãs e para a Justiça“, desabafou.
Além disso, parte da live foi mostrada ao vivo pelo SBT, dentro do programa “Fofocalizando”. Nos trechos exibidos, o Gusttavo Lima falou sobre a escolha de ir para a Grécia comemorar seu último aniversário.
Denúncias contra Gusttavo Lima
O inquérito que resultou no indiciamento de Gusttavo Lima aponta que o cantor teria realizado transações financeiras suspeitas, como a venda de aeronaves para empresas investigadas e a compra de 25% da Vai de Bet, uma empresa de apostas esportivas. De acordo com informações reveladas pelo programa Fantástico, o sertanejo seria o verdadeiro proprietário da Vai de Bet, que está sob investigação.
Além disso, a polícia apreendeu R$ 150 mil em espécie na Balada Produções, empresa do cantor, bem como notas fiscais que envolviam transações com a Vai de Bet. Mesmo diante das evidências apresentadas, os advogados de Gusttavo Lima negam as acusações, alegando que todas as transações realizadas pelo artista foram legais e devidamente declaradas. Eles destacaram ainda que, devido a uma cláusula anticorrupção, o contrato com a Vai de Bet foi suspenso, o que eliminaria qualquer vínculo do cantor com as atividades ilícitas atribuídas à empresa.
Outra parte das investigações aponta a proximidade de Gusttavo Lima com José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Henriques Truta Rocha, donos oficiais da Vai de Bet, que tiveram suas prisões decretadas em 4 de setembro. O casal estava na Grécia, comemorando o aniversário do cantor, quando o mandado de prisão foi expedido. A viagem ao exterior, segundo a juíza Andréa Calado da Cruz, teria sido uma afronta ao sistema judicial, já que os dois são considerados foragidos.
A magistrada, em sua decisão, também citou a conivência de Gusttavo Lima com os suspeitos, afirmando que a associação do artista com os foragidos compromete a integridade do sistema judicial e perpetua um contexto de impunidade. Em sua defesa, o cantor alegou que não mantém uma relação íntima com o casal e que a convivência entre eles se deu por conta de compromissos profissionais.