No dia 16 de maio de 1988, uma novela estreou na televisão brasileira e marcou para sempre a história da teledramaturgia do país. “Vale Tudo”, escrita por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Basséres, substituiu a novela “Mandala”, de Dias Gomes, e rapidamente conquistou o coração dos telespectadores. Três dias antes da estreia, o hotel Palace Club ficou pequeno para a festa de lançamento, que reuniu inúmeras estrelas e já dava indícios do sucesso que estava por vir.
A trama girava em torno de Maria de Fátima, interpretada por Regina Duarte, que logo no primeiro capítulo sofria um golpe da própria filha. Com o mote “Vale a pena ser honesto no Brasil”, a novela abordava temas como corrupção, ética, desigualdade social e ambição, refletindo a realidade do país na época. Era recheada de reviravoltas, segredos e conflitos familiares, mantendo o público vidrado em frente à televisão.
O sucesso foi tamanho que a novela foi reprisada diversas vezes. Além das duas reexibições na Globo, a trama também ganhou duas reprises no Canal Viva, além de ser exibida em outros países ao redor do mundo. O impacto foi tão significativo que a poderosa até mesmo coproduziu um remake latino chamado “Vale Todo”, porém, não alcançou o mesmo êxito da original.
+ Há 47 anos estreava a primeira emissora de Silvio Santos
Momento icônico de Vale Tudo
Um dos momentos mais icônicos foi a morte de Odete Roitman, personagem interpretada por Beatriz Segall. O assassinato gerou um intenso debate na época, com o público se perguntando quem teria sido o responsável pelo crime. A morte da personagem ocorreu no capítulo 193, exibido no dia 24 de dezembro de 1988, e até hoje é lembrada como um dos momentos mais marcantes da televisão brasileira.