O Grupo Jovem Pan tem se tornado cada vez mais conhecido por seu apoio ao presidente Jair Bolsonaro e ao seu governo. Infelizmente, esse apoio tem trazido graves consequências financeiras para a empresa, especialmente após a perda de importantes contratos publicitários.
De acordo com a reportagem do Intercept Brasil, duas grandes montadoras de automóveis, Toyota e Caoa Chery, optaram por romper seus contratos publicitários no início deste ano, causando um prejuízo de R$ 837.747,28 para a emissora. Isso foi confirmado por e-mails internos entre executivos do grupo, que mostram a insatisfação dos diretores da empresa com a perda frequente de receitas.
A razão para a perda desses contratos foi o incentivo de um movimento chamado Sleeping Giants Brasil, que busca que empresas privadas deixem de patrocinar veículos de mídia que propaguem discurso de ódio. A Jovem Pan tem sido acusada de apoiar ideias extremistas e de disseminar notícias falsas, o que tem afastado potenciais anunciantes e prejudicado a saúde financeira da empresa.
Além da perda de contratos publicitários, a empresa também tem sido afetada pela campanha #DesmonetizaJovemPan, que tem o objetivo de afastar patrocinadores. A JP tem se defendido dessas acusações e afirma ser vítima de perseguição e ataque.
Jovem Pan demite Constantino e Zoe
Em janeiro, a emissora demitiu Rodrigo Constantino e Zoe Martinez, que efetuavam a função de comentaristas. A JP está em crise desde que passou a ser investigada pelo MPF (Ministério Público Federal), por ter supostamente ter disseminado notícias falsas e incentivado a atos golpistas.
Os dois já haviam sido afastados temporariamente de suas funções, três dias após a investigação ser iniciada. A comentarista do “Morning Show” já havia sido afastada em outubro, por conta da uma infração eleitoral.