Cauã Reymond participou do podcast do lutador Demian Maia e falou sobre as dificuldades que passava antes da fama. O ator revelou que sua situação financeira permitia que ele fizesse apenas uma refeição no dia e também não tinha onde morar.
O artista contou que foi trabalhar como modelo nos Estados Unidos, mas acabou não tendo sucesso e ficou desempregado. “Foi interessante minha trajetória lá em Nova York porque no começo eu só trabalhava como modelo, mas já estava um pouco cansado, de saco cheio. A cara do mercado da moda na época tinha mudado. Começaram a trabalhar uns caras muito magrinhos, ingleses, assim com o cabelo na frente do olho… Foi uma época em que parei de trabalhar, fiquei desempregado“, revelou.
Após ficar desempregado, Cauã passou a viver dando aulas de artes marciais e foi morar com amigo, dormindo no quarto dos cachorros. “Eu morava com um árabe, um aluno meu. Também tinha o Bebs, um nigeriano bem querido. Agora eu esqueci, mas tem um cara que foi muito querido comigo na minha trajetória (…) E ele viu que eu era duro, que eu não tinha onde cair morto. Eu estava sem lugar para morar e ele falou: ‘Ó, em troca de aula particular eu te deixo morar no quarto dos meus cachorros’ (…) Ele tinha um pitbull e uma vira-lata. Era no Harlem. Fiquei dois anos morando com ele”.
Leia também: Wolf Maya revela mudanças na Globo e diz que não pensa em voltar: “Não preciso”
Cauã seguiu falando sobre os momentos de dificuldade, e que só conseguia fazer uma refeição por dia. “Eu ganhava 20 dólares na minha escola e o Fabio me dava uma grana de vez em quando. Eu ganhava um trocadinho assim, mas era muito justo. Era uma época que eu tinha que escolher a refeição do dia. Ou eu ia almoçar ou jantar comida salgada mesmo. E a outra refeição era sempre uma barra de proteína (…), uma banana e uma maçã (…) Foram dois anos de ralação. Com um casaco só e duas calças”.
Cauã mudou de vida após virar ator
O galã contou ainda que sua história de vida mudou quando seu pai sugeriu que ele trabalhasse como ator. “Uma coisa que eu nunca tinha pensado. Peguei uma indicação, fui numa professora, a professora se amarrou na minha e me deu uma bolsa de estudos. Eu falei que ia voltar para o Brasil porque não tinha mais dinheiro e ela me deu um emprego. Em meio período eu estudava. Acabava a minha aula e eu ficava mais cinco horas no escritório, fazia tudo: lavava banheiro, pintava, comprava coisas na rua, varria o chão, atendia o telefone quando era necessário. E em paralelo a isso busquei uma academia”.
Por fim, ele destacou a importância de sua professora para a mudança de vida. “Antes de eu voltar par ao Brasil, ela falou: ‘Olha, quando você voltar você vai ser assimilado pelo mercado brasileiro e se tornar uma estrela’. Aquilo tudo soava muito distante para quem não tinha dinheiro nem para comer duas vezes por dia. Aí, quando voltei para o Brasil, em poucos meses passei para o meu primeiro teste. Fiz um teste para a Rede Globo, passei e daí em diante fui tendo uma carreira que foi só crescendo”