No último domingo (17), em entrevista ao ‘Fantástico’, Letícia Sabatella contou que foi diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) aos 52 anos de idade. “O diagnóstico traz alívio pra quem passa a vida se achando diferente e incompreendida”, afirmou.
Segundo Letícia, embora tenha sido um diagnóstico tardio, a sensação foi “libertadora” e a ajudou a compreender sua hipersensibilidade sensorial. “Tem momentos em que eu chego a passar mal. Parece uma agressão”, disse ela, sobre seus problemas com barulho.
Letícia conta que teve dificuldades sociais ao longo da vida. “Quantas vezes eu perdia amizades, ou as pessoas ficavam magoadas comigo, porque eu não conseguia sair de casa? Eu não conseguia ir ao cinema, porque é uma experiência sensorial muito forte”, disse. “Quando eu tinha 9 anos, as meninas da minha escola pararam de falar comigo, por causa do meu jeito, e eu não sabia por quê”, recordou.
Letícia Sabatella se envolve em polêmica
Recentemente a atriz usou seu perfil Twitter para justificar uma declaração que deu em entrevista ao podcast Papagaio Falante, de Sérgio Mallandro, há dois dias. A atriz revelou que foi diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), no entanto, usou o termo “Síndrome de Asperger” para definir o grau em que se encontra dentro do espectro.
Atualmente, embora algumas pessoas ainda utilizem o sobrenome do médico Hans Asperger, responsável por descobrir a condição psiquiátrica para dar nome à doença, o termo foi banido dentro da medicina após a descoberta de que o austríaco cooperou com o regime nazista, enviando crianças com deficiência à morte. Sendo assim, o nome atual para a condição é Autismo Leve Funcional.
Tendo em vista a repercussão de sua entrevista, Letícia Sabatella disse que não compactua com nada que tenha ligação ao nazismo, mas não deu detalhes de que tenha sido criticada por isso. “Ei, gente! Eu não sou nem perto de ser nazista, está beleza? Um termo pode ser questionado, sim. Asperger ou Autismo Leve Funcional. Só optar pelo que a medicina identificar o melhor. Tô de boas!”, escreveu.
“Eu me expressei de forma incompleta sobre o meu diagnóstico de TEA. Vou gravar um vídeo explicando o que eu, também, estou reconhecendo e aprendendo a nomear. Obrigada por todo o carinho e compreensão”, completou.