O cantor Ovelha foi um dos artistas do ramo musical prejudicados pela pandemia da Covid-19 no Brasil. Em uma entrevista para a Revista Quem, o intérprete revelou que teve que abrir um negócio próprio para sobreviver. Além disso, contou que perdeu praticamente todos os shows.
“Quando o lance da pandemia chegou eu estava com vários shows fechados e uma viagem para a Argentina marcada. Todo mundo parou! Meu último show foi em 15 de fevereiro no ano passado, em um trio elétrico no Carnaval. Depois disso, foram cancelados 28 shows. Hoje o artista não vende mais discos, o ganha pão vem dos shows”, comentou.
Com isso, ele partiu para outras alternativas para ganhar dinheiro, como as lives. “Então, tem que procurar outros caminhos que como a internet. Tive que me reciclar. Comecei a lançar músicas pela internet e fazer lives pagas. A gente tem uma reserva no banco, mas vai acabando se não entrar. Sem contar que tenho uma equipe também. Então com essas lives, consegui trazer o dinheiro para casa”, revelou.
Além disso, Ovelha teve problemas com suas redes sociais. “Ainda estou tentando recuperar a minha conta do Instagram. Hackearam o meu Instagram e estão me pedindo grana para devolvê-lo. Não tenho grana e mesmo se tivesse, não ia dar. É um absurdo. Tem muitos fãs tentando me ajudar e fiz um boletim de ocorrência. Tenho um ódio de quem faz isso porque nos dias de hoje essa é a única forma de divulgar o trabalho. Ainda bem que a monetização mesmo vem do YouTube”, ponderou.
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Com dinheiro a menos, Ovelha teve que virar empresário. Ele abriu, junto com a mulher Fátima Braz, uma frangaria no bairro de Santo Amaro, em São Paulo. Porém, ele teve um financiador, o apresentador Ratinho, do SBT. “Eu estava conversando com o meu amigo Ratinho que as coisas estavam difíceis com a pandemia e que eu estava pensando em abrir uma frangaria. Ele me perguntou quanto eu precisava e me deu dez mil ‘pila’. Ele ainda falou: ‘Te dou esse dinheiro, mas você fica me devendo um show.
Em seguida, ele prosseguiu: “Abri a frangaria em São Paulo e estou vendendo por semana de cem a duzentos frangos. Quem não quer frango tem costela também”, disse ele.