Na última quarta-feira (6) foi anunciado que a cantora Taylor Swift foi eleita a Pessoa do Ano de 2023 pela revista Time. A publicação ainda contou com três capas com as imagens da cantora. O ano de 2023 de Taylor foi marcado pelo lançamento de regravações de alguns de seus álbuns após ela ter os direitos das obras comprados por um empresário, em 2019.
Além disso, a cantora rodou o mundo com sua bem-sucedida e lucrativa turnê “The Eras Tour”, que ainda rendeu um documentário, batendo recordes nas salas de cinema. “Esse ano, Taylor Swift lançou as regravações de parte de ‘Speak Now’ e ‘1989’ – um projeto de anos para recuperar a propriedade de seu trabalho. Ela enquadra a estratégia como um mecanismo de enfrentamento”, escreveu a revista durante anúncio.
“Tudo depende de como você lida com a perda. Eu respondo à dor extrema com desafio”, afirma a cantora. “Imagine Picasso pintando algo que ele pintou anos antes, e então recriando com as cores de hoje”, elogiou Lucian Grainge, CEO da empresa controladora dona da gravadora de Swift.
Entenda porque Taylor Swift regrava os próprios discos
Taylor Swift que lançou “1989 (Taylor’s version)”, regravação de um seus discos mais celebrados. Este é o quarto álbum regravado pela cantora, lançado no mesmo dia do original com uma diferença de nove anos. O disco de 2014 rendeu à cantora o Grammy de Álbum do Ano, além de melhor álbum de pop vocal e melhor vídeo para a faixa “Bad Blood”.
Quando um artista leva suas músicas antigas ao estúdio, é normal criar versões diferentes, que mostrem algo novo. Afinal, não faz sentido ouvir a mesma pessoa cantar e tocar tudo do mesmo jeito. Mas, para Taylor Swift, a estratégia é copiar a si mesma. Ela está refazendo seus seis primeiros álbuns, um plano anunciado em 2019.
É que a cantora não é dona das gravações dos seus seis primeiros discos. Os direitos eram da gravadora Big Machine. O contrato foi assinado quando ela tinha 14 anos, em 2004. A artista inexperiente tinha pouco poder de barganha, e as cláusulas eram generosas com a gravadora. A situação dela não é rara entre astros pop que têm pouco controle sobre os primeiros trabalhos por terem feito contratos parecidos.
Mas o jeito que ela criou para tentar contornar isso é incomum e pode ter impacto na indústria musical tanto que, em 2021, Ashanti também anunciou planos parecidos para seu primeiro disco.