Logo após descobrir que a filha Lua tinha um tipo raro de câncer nos olhos, a jornalista e escritora Daiana Garbin, abraçou, ao lado do marido, o apresentador Tiago Leifert, a missão de conscientizar pais e mães sobre a importância do diagnóstico precoce do retinoblastoma. Exclusivamente neste mês, eles promovem mais uma edição da campanha “De olho nos olhinhos”, com diversas ações para estimular as famílias a cuidar da saúde ocular dos pequenos.
Em entrevista à Crescer, Daiana falou sobre o tratamento e estado de saúde de Lua, relembrou o impacto do diagnóstico e alertou outros pais e mães para que levem os bebês ao oftalmologista nos primeiros meses de vida. “A Lua ainda está em tratamento. Ela recebeu o diagnóstico em 29 de setembro de 2021, então, neste mês de setembro, vai completar dois anos. Fazemos o acompanhamento no Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer, GRAACC, em São Paulo”, começou.
“Os médicos dizem que, nesse momento, o quadro está estável, mas o retinoblastoma é uma doença perigosa, porque até os 5 anos da criança, existe uma chance considerável de uma recidiva. Ou seja, o tumor pode voltar a dar sinais de crescimento e precisar de quimioterapia novamente. Então a Lua só vai ser considerada curada do retinoblastoma depois dos cinco anos”, complementou Daiana.
Daiana Garbin fala sobre tratamento de Lua
Esposa de Tiago Leifert, Daiana Garbin revela detalhes sobre o tratmento realizado pela filha Lua e sobre as sessões de quimioterapia. “A última sessão de quimioterapia dela foi em janeiro e, desde fevereiro, o tumor não dá novos sinais de crescimento. Então, estamos em um momento muito bom. No mês passado, ela foi pra escolinha pela primeira vez, foi super emocionante”, afirmou Daiana.
“Atualmente, o tratamento dela consiste mais em um acompanhamento para garantir que não há novos sinais de crescimento do tumor. Para isso, ela precisa fazer dois exames com frequência. O primeiro é um exame de fundo de olho, chamado de fundoscopia, em que é necessário anestesia geral, a cada 45 ou 50 dias. Já uma vez a cada quatro meses, ela passa por uma ressonância de crânio e órbita para ter certeza que não há outros pontos de crescimento do tumor fora do globo ocular. Esse é o acompanhamento padrão para as crianças na situação da Lua”, complementou.
“O tratamento mais avançado que existe para o caso da Lua é chamado de quimioterapia intra arterial, disponível no GRAACC, que atende também pelo SUS, para todas as crianças que precisam dele. Nesse tipo de quimio, é inserido um cateter pela virilha que vai até a artéria. Dessa forma, chega mais medicamento ao olho. Mas dependendo do caso e do estágio em que o câncer se encontra, o tratamento para o retinoblastoma varia”, finalizou.