Ziraldo Alves Pinto, um dos maiores nomes da literatura e do cartunismo brasileiro, morreu aos 91 anos, na tarde deste sábado (6). Sua partida ocorreu enquanto dormia, em seu apartamento localizado no bairro da Lagoa, na Zona Sul do Rio de Janeiro, deixando o mundo das artes e seus admiradores em luto.
Conhecido por sua obra icônica, “O Menino Maluquinho”, e pela “Turma do Pererê”,marcou gerações com seus personagens cativantes e histórias que mesclam humor, sensibilidade e crítica social. Seu trabalho transcendeu as páginas dos livros, influenciando a cultura pop brasileira e educando crianças e adultos sobre valores importantes.
Trajetória de Ziraldo
Nascido em Caratinga, Minas Gerais, em 1932, Ziraldo teve uma trajetória artística precoce, com seu talento evidenciado já aos seis anos. Sua carreira foi marcada por contribuições significativas ao jornalismo, ao humor gráfico e à literatura infantil, com um início notável na revista “Era uma vez…” e no jornal “A Folha de Minas”.
Também se destacou como um dos fundadores de “O Pasquim”, jornal que desempenhou um papel crucial na resistência à ditadura militar brasileira. Suas charges e caricaturas, repletas de críticas políticas e sociais, refletiam sua perspicácia e compromisso com a democracia e a liberdade de expressão.
Formado em Direito pela Faculdade de Direito de Minas Gerais, Ziraldo combinou sua formação acadêmica com sua paixão pelas artes. Casado com Vilma Gontijo, com quem teve três filhos, ele equilibrou sua vida familiar com uma carreira prolífica e diversificada.
Criador do Menino Maluquinho
Publicado em 1980, “O Menino Maluquinho” é talvez a obra mais famosa de Ziraldo, simbolizando a essência da infância com suas travessuras, sonhos e aventuras. Este livro tornou-se um fenômeno editorial, sendo celebrado por críticos, educadores e, especialmente, pelo público infantil.