O rapper e produtor musical Zudizilla fez um retorno triunfante à cena musical brasileira com o lançamento de seu novo single “EGOT“. Este lançamento marca o início do último capítulo da sua trilogia musical, “Zulu: Quarta Parede (Vol.3)“. Assim como as premiações Emmy, Grammy, Oscar e Tony (EGOT) celebram o talento excepcional na indústria do entretenimento, Zudizilla se esforça para trazer uma nova dimensão à cena do rap brasileiro.
O debate entre a Persona e o Personagem na música
Com “EGOT”, Zudizilla desafia as concepções tradicionais da persona do artista e do personagem no palco. A canção explora se a construção de um personagem é necessária para o sucesso de um artista. É um questionamento ousado que nos leva a questionar a linha tênue entre a realidade e a fantasia na indústria da música.
Zudizilla reflete sobre os perigos de tal abordagem, argumentando que agir como um personagem pode ser problemático: “Se analisarmos bem, é muito problemático agir dessa forma. Nem todas as pessoas no entorno estão dentro do filme“, ele afirma.
A Música, o Clipe e a Quebra da Quarta Parede
“EGOT” não é apenas um reflexo sonoro da jornada do rapper, mas também um feito visual. O clipe, dirigido por Diogo Comum, é um retrato íntimo do mundo de Zudizilla. Nascido da necessidade de expressar seu lado mais “personagem”, o vídeo desafia as expectativas convencionais do que um clipe de rap pode ser.
“Partindo desse princípio a ideia do clipe é criar um universo multidimensional, com diversos momentos onde é só clipe, e onde o clipe é um clipe dentro do mesmo, fazendo assim menção à ideia de quebra da quarta parede,” explica Zudizilla.
Aumentando a antecipação para o último volume de Zulu
Com “EGOT” servindo como um aperitivo para o tão aguardado álbum “Zulu: Quarta Parede (Vol.3)”, os fãs têm muito a esperar. A música se baseia no rico som newjazz e apresenta a guitarra do queniano Kato Change e o piano de Gabriel Gaiardo. Zudizilla trabalhou com o produtor musical de Pelotas, Sweet Jazza, para dar vida à faixa.
Zudizilla: um visionário além da música
Originário de Pelotas no Rio Grande do Sul, Zudizilla é mais do que um rapper e produtor musical. Ele é um contador de histórias e um visionário que transforma sua música em um diálogo constante sobre a luta contra o racismo e as tensões sociais. Sua música é profundamente influenciada pelo hip hop e pelo jazz, embora também faça referências à música popular brasileira.
Ao longo de sua carreira, Zudizilla lançou uma mixtape, dois EPs e quatro discos, todos acompanhados de curtas-metragens ligados ao álbum. Desde 2019, ele tem trabalhado na trilogia “Zulu”, que terminará em 2023 com “Zulu: Quarta Parede (Vol.3)”.
Agora, com “EGOT” saindo do forno e a antecipação para o último volume da trilogia Zulu aumentando, uma coisa é certa: Zudizilla continua a transcender os limites do que se espera de um artista no cenário atual. Seja através da música, clipes ou sua visão criativa, ele nos mostra que a arte não se limita a uma única expressão, mas é um universo multidimensional em constante evolução.
