A trajetória das novelas da Record TV se destaca como um pilar significativo na história da televisão brasileira. Fundada em 1953, a emissora consolidou-se como um espaço de criatividade e inovação, explorando diversos gêneros e formatos que capturaram a atenção do público ao longo das décadas. Inicialmente focada em dramas e comédias que refletiam o cotidiano brasileiro, ela evoluiu, adaptando-se às mudanças culturais e às demandas de um público cada vez mais diversificado. Entre os grandes sucessos, destacam-se títulos como “A Escrava Isaura” e “Os Mutantes – Caminhos do Coração”, que não apenas conquistaram elevados índices de audiência, mas também marcaram época, sendo exportadas para diversos países ao redor do mundo.
Nos últimos anos, a emissora tem se destacado por seu investimento em uma temática particular: as novelas bíblicas. Com a estreia de “Os Dez Mandamentos” em 2015, não só viu sua audiência crescer significativamente como também consolidou uma nova tendência no mercado televisivo brasileiro. Essas produções, ricas em narrativas épicas, atraem uma ampla gama de telespectadores e provocam discussões importantes sobre fé, moral e a história da humanidade. O Todo Canal vai mergulhar nas histórias que estão em destaque na grade atualmente!
Novelas que estão no ar na Record em 2024
A Terra Prometida
É ambientada em torno de 1200 a.C. que retrata a épica jornada dos hebreus para conquistar Canaã sob a liderança de Josué (Sidney Sampaio), o sucessor de Moisés. A narrativa se desenrola no deserto de Moabe, onde Josué, acompanhado de figuras chave como o sacerdote Eleazar (Bernardo Velasco) e o líder tribal Calebe (Milhem Cortaz), enfrenta o desafio divino de guiar as doze tribos de Israel. Este drama bíblico combina fé, coragem e determinação, mostrando a complexidade e os desafios de conduzir um povo à sua terra prometida, enfrentando adversidades naturais, como a travessia do Rio Jordão, e oposição de povos hostis.
Os antagonistas da trama são tão vibrantes quanto os heróis. Rei Marek (Igor Rickly), Rainha Kalesi (Juliana Silveira) e o comandante Tibar (Leonardo Franco) de Jericó, além de outras figuras reais como o Rei Durgal (Roberto Frota) do reino de Ai, apresentam obstáculos significativos com suas posturas vingativas e idolatrias. O primeiro grande desafio de Josué é a cidade de Jericó, protegida por imponentes muralhas duplas. Este elemento da história destaca-se não apenas pelo drama militar, mas também pelos milagres que permitem a Josué e seu povo superar barreiras aparentemente intransponíveis, enfatizando temas de fé e intervenção divina.
Internamente, a trama se aprofunda com intrigas no acampamento hebreu, lideradas por Acã (Kadu Moliterno) e seus filhos, que se opõem a Josué. Além dos conflitos políticos e militares, “A Terra Prometida” também explora um romance tumultuado entre Josué e Aruna, uma guerreira destemida. Este relacionamento é complicado pela presença de Samara (Paloma Bernardi), irmã de criação de Aruna, que, motivada por um amor não correspondido, trama contra o casal.
Reis
Apresenta uma dramatização épica da formação da nação de Israel, ambientada nos anos seguintes à libertação do povo hebreu do cativeiro egípcio. Os hebreus, agora habitando a região de Canaã, enfrentam uma era de transições políticas e espirituais, com a narrativa centrada no juiz Eli (interpretado por José Rubens Chachá), sumo-sacerdote do tabernáculo. A trama se aprofunda nos conflitos internos gerados pela conduta questionável de seus filhos, Hofni (Vinícius Reed) e Fineias (Edu Porto), cujas ações ameaçam a estabilidade e a fé na liderança de Eli.
Diferenças cruciais entre Eli e seus filhos alimentam o drama. Enquanto Eli se esforça para manter sua integridade e liderança, seus filhos seguem um caminho de desobediência e arrogância, acreditando que estão acima das leis divinas e morais. Este conflito familiar não apenas desafia o patriarca, mas também prepara o terreno para o surgimento de Samuel (Rafael Gevú), que, diferentemente dos filhos de Eli, é um jovem devoto e dedicado às leis de Deus. Samuel emerge como uma figura central, marcando a transição da governança por juízes para a era dos reis de Israel.
Ao mesmo tempo, a série explora o confronto entre hebreus e filisteus, intensificando a tensão na região de Canaã. Os filisteus, sob a liderança do rei Guédor (Anselmo Vasconcellos) e da rainha Anainér (Silvia Pfeifer), representam uma ameaça constante ao povo de Israel, trazendo uma dimensão de conflito militar ao enredo. Paralelamente, a novela aborda temas de fé e desespero por meio da história de Ana (Branca Messina) e Elcana (Fernando Pavão), um casal que luta contra a infertilidade, adicionando camadas de drama pessoal e espiritual ao contexto histórico e cultural.
Gênesis
Oferece uma narrativa épica e envolvente que explora os primeiros 2.300 anos da humanidade, retratando desde a criação do mundo até os desafios enfrentados pelas primeiras gerações. Iniciando com o clássico relato de Adão (Carlo Porto) e Eva (Juliana Boller), a série dramatiza a introdução do mal no mundo perfeito, destacando as consequências dessa escolha para seus descendentes, como Caim (Eduardo Speroni) e Abel (Caio Manhente). A trama habilmente entrelaça elementos bíblicos com dilemas universais, evidenciando como esses eventos antigos moldaram os conflitos sociais e raciais que ainda ressoam na atualidade.
À medida que a história avança, aprofunda-se na saga de Noé (Oscar Magrini), escolhido por Deus para preservar a vida na Terra diante de um dilúvio devastador. A construção da arca, um dos pontos altos da série, não só salva um casal de cada espécie animal, como também estabelece a resiliência e a fé como temas centrais. O enredo segue explorando as repercussões do dilúvio nas gerações subsequentes, que gradualmente se desviam dos princípios que fizeram Noé ser escolhido, culminando na ambiciosa e desastrosa tentativa de Ninrode (Pablo Moraes) de construir a Torre de Babel, um símbolo de desafio e dispersão humana.
Finalmente, a narrativa culmina com a história de Abraão (Victor Novelo/Zécarlos Machado), um homem chamado por Deus para estabelecer uma nova geração fundamentada em valores éticos e espirituais distantes das corrupções urbanas. Através de sua jornada com Sara (Laryssa Ayres/Adriana Garambone) e a continuidade de sua linhagem por meio de Isaque (Guilherme Dellorto/Henri Pagnoncelli), Rebeca (Bárbara França), Jacó (Miguel Coelho/Petrônio Gontijo) e José (Juliano Laham), a série não só enfatiza a importância da fé e da família, mas também oferece um olhar detalhado sobre as complexidades das relações humanas e suas consequências eternas.
