A tão esperada virada da novela das nove ocorreu nesta semana. Porém, a trama girou em volta do seu próprio eixo. Como já era esperado, a reviravolta não trouxe novos telespectadores para a novela.
Gabz, apesar da pouca experiência, conseguiu segurar a emoção da sequência, pena que sua personagem foi mal construída, a ponto do público não comprar a briga de Viola.
“Mania de Você” irá, apenas, cumprir tabela na Globo, já que ficará no ar até março e, mesmo que tenha um relançamento a cada semana, dificilmente irá se converter em um sucesso.
Mesmo com todos os problemas da novela, num ponto temos que concordar: Chay Suede está com o papel de sua vida. O ator deita e rola com os mandos e desmandos de sua personagem.
João Emanuel Carneiro é um autor que permite improvisação em cena, ao contrário de um Walcyr Carrasco e Benedito Ruy Barbosa, e Chay aproveita dessa liberdade para deitar e rolar.
Não se sabe, por exemplo, se em muitas cenas, é o texto do autor que está ali ou se é uma criação do ator, puro jogo cênico. As tiradas naturais, os bordões, a forma que se relaciona com seus cúmplices (Iberê, Luma e Mércia) fazem de Mavi a melhor personagem da novela.
Fica aqui este elogio ao ator que, com talento, faz com que tudo pareça ser natural, a ponto de criar uma catarse no telespectador. Diferentemente do que ocorre com a Mércia, por exemplo… ali se vê uma necessidade do autor, ou da atriz, em criar recortes para memes, com um texto até infantilizado. O fato de Mavi virar meme e Mércia não, se deve ao naturalismo e não a “forçação” de barra.
Aliás, espera-se que Adriana Esteves se ausente um pouco das personagens densas do horário, pois estão todas iguais, mas isso é assunto para uma outra coluna.