O beijo gay nas novelas tem sido um tema recorrente na televisão brasileira nas últimas décadas, gerando discussões e debates acalorados entre os telespectadores. Mas como e quando surgiu essa representação na TV brasileira?
O primeiro beijo gay em uma novela brasileira aconteceu em 2011, na novela “Amor e Revolução”, do SBT. Na trama, os personagens Marina, interpretada por Giselle Tigre, e Marcela, vivida por Luciana Vendramini, protagonizaram o beijo que causou polêmica e divisão de opiniões.
No entanto, a representação de casais gays nas novelas já era uma realidade há alguns anos. Em 2005, a novela “América”, da Rede Globo, trouxe o personagem Júnior, interpretado por Bruno Gagliasso, que vivia um jovem gay que enfrentava a discriminação da sociedade.
Desde então, diversas outras novelas abordaram a temática LGBT, com personagens gays e lésbicas vivendo suas histórias de amor e enfrentando preconceitos. No entanto, o beijo entre personagens do mesmo sexo só foi permitido na TV aberta em 2014, quando a Rede Globo exibiu o beijo entre Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso) em “Amor à Vida”.
A partir daí, a representação de casais gays na TV brasileira se tornou mais comum, com beijos e cenas de intimidade sendo exibidos em novelas de diferentes emissoras. No entanto, essa representação ainda gera polêmica e é alvo de críticas e ataques por parte de setores conservadores da sociedade.
É importante ressaltar que não se trata apenas de uma questão de representatividade, mas também de uma forma de enfrentar o preconceito e a discriminação que ainda são muito presentes na sociedade brasileira.
Por outro lado, também há críticas em relação à forma como a temática LGBT é abordada nas novelas, muitas vezes com estereótipos e clichês que reforçam preconceitos e reduzem a diversidade da comunidade LGBT a um único modelo de representação.