Na última quarta-feira (18), a Netflix anunciou o fim do plano básico do streaming no Brasil a partir da próxima semana. A decisão foi tomada pela empresa devido à alta adesão dos usuários brasileiros à modalidade com anúncios, a opção mais barata disponível. Com isso, os assinantes do plano básico não serão afetados a mudança será aplicada apenas para novos usuários.
Até então, a Netflix oferecia quatro opções de assinatura: padrão com anúncios, por R$ 18,90 mensais, seguido do plano básico, que custava R$ 25,90; os usuários poderiam optar ainda pelo padrão, de R$ 39,90, ou o premium, de R$ 55,90, ambos sem anúncio. Agora, novos assinantes terão disponíveis apenas os planos padrão com anúncio, padrão e premium sendo o último o único que oferece imagens em 4k para os usuários.
Os clientes que já tinham a assinatura do plano não sofrerão mudanças e poderão utilizá-lo normalmente. A descontinuação do plano básico segue uma estratégia mundial da Netflix. A decisão já havia sido tomada em países como Estados Unidos, Itália, Canadá e Reino Unido.
“No terceiro trimestre de 2023, o número de membros ( que assinam o plano com anúncios) aumentou quase 70% em relação ao trimestre anterior e agora representa cerca de 30% de todas as novas inscrições em 12 países que usam esse modelo”, revelou a gigante do streaming em comunicado enviado à imprensa.
Netflix faz aposta em novelas
Outra mudança anunciada recentemente pela Netflix no Brasil é o investimento pesado em novelas para o streaming. A empresa passará a dar prioridade ao conteúdo nacional em 2023 e 2024. Mesmo com a crise no streaming, que se arrasta por dois longos anos, a Netflix arriscou tudo para fisgar mais público e exportar suas produções para o mundo inteiro: ela fará um investimento de R$ 1 bilhão ao longo desse período.
Elizabetta Zenatti, vice-presidente de conteúdo da Netflix Brasil, contou que não há planos para eventos esportivos, algo muito pedido pelos assinantes. “Não tem novas estratégias ligadas ao esporte ainda. Não digo que isso nunca vai acontecer, mas por enquanto não está acontecendo”, explicou ela, em entrevista ao colunista Guilherme Ravache, do Valor Econômico.
“Será o entretenimento do mais alto nível. Então, realmente, séries, filmes, documentários, programas de entretenimento, os reality shows… A gente teve algumas experiências com o ao vivo já, isso talvez seja algo que a gente possa explorar um pouco mais no futuro. Mas o foco realmente são produções locais”, completou.