Uma decisão judicial proibiu a TV Globo de exibir uma edição do “Linha Direta” que abordaria o trágico caso do menino Henry Borel. A juíza responsável acredita que a exibição poderia influenciar, o que prejudicaria o julgamento. A emissora pode recorrer e reverter.
Segundo informações do jornal O Globo, a liminar concedida pela juíza Elizabeth Machado Louro gerou bastante controvérsia. A proibição de exibir a edição do programa sobre o assassinato de menino, em que Jairinho é acusado de ser o autor e sua mãe, Monique Medeiros, é denunciada como cúmplice, foi baseada no argumento de que a exposição em um canal aberto de grande alcance poderia influenciar a opinião dos jurados durante o julgamento.
A decisão vem causando discussões. Muitos veem essa proibição como uma forma de censura prévia, o que é considerado inconstitucional. Além disso, é um tipo de proibição que já foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e é proibida pela Constituição Federal de 1988.
Caso Henry Borel chocou o país
O assassinato do pequeno Henry Borel chocou o Brasil em 2021. O menino de apenas 4 anos foi vítima de agressões e veio a falecer. As investigações apontam que o ex-vereador Jairinho, padrasto de Henry, é o principal suspeito do crime, enquanto a mãe do menino, Monique Medeiros, é acusada de ser cúmplice. O caso ganhou grande repercussão na mídia e gerou debates sobre violência infantil e o papel das autoridades na proteção das crianças.
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Volta do Linha Direta
O jornalítico retornou à programação da Globo neste mês após 16 anos fora do ar. Tem como proposta trazer à tona casos criminais famosos do Brasil.
Nessa temporada, já abordou o caso Eloá em 2008 e a barbárie de Queimadas em 2012. A edição sobre o caso Henry Borel estava programada, mas foi proibida pela Justiça, gerando discussões sobre a liberdade de imprensa e o direito à informação.