No último episódio do programa “Linha Direta”, que recontou o trágico caso de Eloá Cristina Pimentel, uma jovem de 15 anos que foi mantida em cárcere privado e acabou sendo morta pelo ex-namorado em 2008, uma questão chamou a atenção dos telespectadores e gerou revolta nas redes sociais: a participação da apresentadora Sonia Abrão na época do ocorrido.
A famosa, que na época apresentava o programa “A Tarde é Sua” na RedeTV!, foi citada indiretamente durante a exibição do programa, quando o promotor de Justiça Antonio Nobre Folgado afirmou que a jornalista atrapalhou as negociações.
“Chegou um momento em que uma apresentadora de televisão se colocou na posição de negociadora. Ela começou a negociar, interrompendo a negociação da polícia. Não sei se você sabe, mas nesse dia, no dia 15 à tarde, havia um acordo feito entre o capitão do GATE, o irmão da Eloá, o Douglas, e o próprio Lindemberg, para ele se render”, disse a autoridade.
A afirmação foi um dos principais pontos do programa, que mostrou detalhes sobre o caso e a atuação da polícia e da imprensa durante o episódio. Mas o que gerou mais polêmica nas redes sociais foi a atitude de Sonia após a exibição do programa.
Durante a apresentação do “A Tarde é Sua” desta sexta-feira (05), ela não fez nenhum comentário sobre o episódio do “Linha Direta”, o que gerou críticas por parte dos telespectadores e internautas. Muitos questionaram a postura da apresentadora, que não se posicionou sobre o assunto e continuou com sua programação normalmente. Recentemente, em entrevista, chegou até mesmo a dizer que não faria nada diferente.
Pelas redes sociais, o nome da apresentadora ficou em evidência, onde muitos usuários se mostraram revoltados por conta do silêncio dela.
Caso Eloá chocou o Brasil
Para entender melhor o caso, é preciso relembrar a história. Em 2008, Lindemberg Alves, ex-namorado de Eloá, invadiu o apartamento da jovem em Santo André (SP) e a manteve refém por cinco dias. Durante esse período, a polícia negociou com o sequestrador e tentou libertar a jovem, mas as conversas foram interrompidas por Sonia Abrão, que se colocou como negociadora.
Segundo o promotor de Justiça Antonio Nobre Folgado, essa atitude da jornalista atrapalhou as negociações da polícia, que já havia chegado a um acordo com Lindemberg para que ele se entregasse. Com a interrupção das conversas, o sequestrador acabou atirando em Eloá e em uma amiga dela, Nayara Rodrigues, que sobreviveu.