Passado um mês da morte de Silvio Santos, que faleceu em 17 de agosto, a família do apresentador, que era judeu, precisa seguir um novo rito de luto. Hoje, os parentes tem que realizar uma visita especial ao túmulo em forma de homenagem.
No judaísmo, o Sheloshim é o segundo estágio do luto, que se estende até o 30º dia após o enterro. Durante esse período, os familiares enlutados passam por diversas restrições, seguindo normas que simbolizam respeito e reflexão. Algumas das restrições mais comuns incluem a proibição de cortar os cabelos, aparar as unhas e adquirir ou utilizar roupas novas. Presentes também não podem ser trocados nesse período, e viagens de lazer são desencorajadas, para que o foco permaneça no processo de luto e na memória do ente querido.
O encerramento do Sheloshim ocorre com uma visita ao túmulo do falecido, momento no qual é realizada uma cerimônia dedicatória. De acordo com os ensinamentos da Cabalá, essa prática tem um significado espiritual profundo, pois acredita-se que a alma do falecido é confortada pelas orações e homenagens feitas por seus filhos, familiares e amigos.
1 mês da morte de Silvio Santos
As normas judaicas também estabelecem um código de vestimenta para quem participa do ritual de visita ao túmulo. Conforme orientações da associação Chevra Kadisha de São Paulo, os familiares e amigos devem entrar no cemitério com trajes adequados, respeitando o local sagrado. Mesmo durante os dias mais quentes, a reverência ao espaço exige que os participantes vistam-se com decoro e mantenham a cabeça coberta, uma forma de demonstrar respeito e humildade diante do momento solene.
O rito de 30 dias marca um momento importante no processo de luto para a família de Silvio Santos, permitindo que eles retomem algumas de suas atividades cotidianas, ainda que com certas restrições.